Seminário no dia 21 de novembro aborda interfaces entre ativismo, pesquisa e inspeções em unidades prisionais

O seminário acontece no dia 21 de novembro, das 10h às 16h (em duas etapas, das 10h às 12h e das 14h às 16h) o Seminário Interfaces entre ativismo, pesquisa e inspeções em unidades prisionais.

As atividades começam às 9h30, com um café de boas vindas. Às 10h será iniciada a primeira mesa, com o título “Rede de denúncias’, com a presença de Bruno Shimizu (NESC), Fábio Pereira Campos (Amparar), Railda Alves (Amparar) e Bruna Gisi (NEV/USP), sob a mediação de Maiara Corrêa (NEV/USP). Saiba mais sobre cada expositor/a ao final do texto.

Depois de uma pausa para almoço, as e os participantes retornam para a mesa 2, intitulada “Famílias e impactos”, às 14h, com a presença de Camila Dias (UFABC e NEV/USP), Patrick Cacicedo (DPE/SP e FD/USP), Miriam Duarte Pereira (Amparar) e Camila Tourinho (NESC), sob a mediação de Rosângela Teixeira (NEV/USP).

O evento será encerrado com um café da tarde às 16h30.

Proposta conceitual

O encontro proporcionará um espaço de reflexão acerca das possibilidades de sinergia entre as inspeções e monitoramento da situação carcerária em São Paulo, a pesquisa acadêmica e o ativismo de familiares.

A primeira mesa terá como eixo a retrospectiva de percurso e análise da atuação das instituições convidadas, demarcando os principais desafios e os avanços que marcaram cada trajetória. Será abordada a forma e a importância do fluxo de denúncias relativas ao contexto prisional, em geral organizadas pelos movimentos sociais e sistematizadas pela Defensoria por meio de dados, que servem de base para promover ações significativas como o monitoramento e as inspeções em prisões. Também será apresentada uma retrospectiva da atuação da universidade nesse campo, que ao longo dos anos contribui com o desenvolvimento de pesquisas, ensino, difusão do conhecimento e denúncias.

A segunda mesa terá como objetivo refletir formas de maior sinergia entre as instituições convidadas e colocar em perspectiva o papel das redes de apoio após a situação do cárcere, como famílias, movimentos sociais e programas governamentais. Considera-se que as condições vivenciadas nesse processo afetam os caminhos e possibilidades de reintegração social de forma ampla, como acesso à educação, mercado de trabalho, entre outros. Deste modo, buscaremos analisar as possibilidades oferecidas pelas instituições do Estado, a estrutura da comunidade e também os efeitos do encarceramento nas relações familiares e na vida comunitária.

Serviço
Seminário Interfaces entre ativismo, pesquisa e inspeções em unidades prisionais
Organização: NEV/USP, NESC-DPE/SP e Amparar
Data e horário: Quinta-feira, 21 de novembro, das 10h às 16h

Organizadores pelo NEV/USP: Gustavo Higa, Bruna Gisi, Camila Dias, Maiara Corrêa e Rosângela Teixeira.

Modalidade presencial
Inscrições em breve nesta página
Local: NEV/USP – Lúcio Martins Rodrigues, 310 – Butantã, São Paulo – SP, 05508-020, 3º andar do bloco A (entrada do bloco pela saída do estacionamento, na rua de trás do prédio).

Transmissão ao vivo gratuita pelo Youtube do NEV/USP: @nevuspvideos

Programação
Mesa 1: Rede de denúncias (10h00 – 12h00)
Bruno Shimizu (NESC)
Fábio Pereira Campos (Amparar)
Railda Alves (Amparar)
Bruna Gisi (NEV)
Mediação: Maiara Corrêa (NEV)

Mesa 2 – Famílias e impactos (14h00 – 16h00)
Camila Dias (NEV)
Camila Tourinho (NESC)
Miriam Duarte Pereira (Amparar)
Patrick Cacicedo (DPE/SP e FD/USP)
Mediação: Rosângela Teixeira (NEV)

Minibiografias das e dos participantes, em ordem alfabética:
Bruna Gisi
Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (2016), Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (2010) e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (2005). É Professora Doutora do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo e vice coordenadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP.

Bruno Shimizu
Defensor Público Coordenador do Núcleo Especializado de Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Doutor e Mestre, em estágio pós-doutoral, em Criminologia pela USP. Membro da Diretoria Executiva do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCrim.

Camila Galvão Tourinho
Defensora Pública Coordenadora Auxiliar do Núcleo Especializado de Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Camila Nunes Dias
Tem graduação em Ciências Sociais, com licenciatura plena (2002), mestrado (2005) e doutorado (2011) em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora adjunta da UFABC e também atua como pesquisadora colaboradora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo.

Fabio Pereira Campos Misael
Bacharel em Serviço Social pela UNIFESP. Articulador Político da Amparar. Membro da Frente Estadual pelo Desencarceramento de SP, da Agenda Nacional Pelo Desencarceramento e Membro da RIMUF (Red Internacional de Mujeres Familiares de Personas Privadas de la Libertad ).

Miriam Duarte Pereira
Pedagoga e mestre em gestão de políticas públicas UFABC. Co-fundadora da Amparar e presidente do cedeca Sapopemba, atua na Frente Estadual pelo Desencarceramento de São Paulo e na Agenda Nacional pelo Desencarceramento.

Railda Alves
Defensora dos direitos humanos com mais de 25 anos de atuação. Co-fundadora e Diretora da Amparar, é membra da Rede Internacional de Mulheres Familiares de Pessoas Privadas de Liberdade (RIMUF) e participa da Frente pelo Desencarceramento de São Paulo, além de integrar o Movimento Negro Unificado (MNU), a Coalizão Negra por Direitos, a Agenda Nacional pelo Desencarceramento e membra conselheira do CONDEPE.

Patrick Cacicedo
Defensor Público do Estado de São Paulo. Professor de Direito Penal e Criminologia da USP. Mestre, Doutor e Estágio Pós-Doutoral em Direito Penal pela USP.