Violência na escola: Um guia para pais e professores

23/01/2015

O papel que a escola desempenha na vida de crianças e jovens mudou radicalmente nos últimos cinquenta anos e esse não é um fenômeno brasileiro, mas internacional. A escola se transformou em um dos mais importantes agentes do processo de socialização de crianças e adolescentes. Isso se deve, em larga medida, às mudanças que ocorreram na composição das famílias e à entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho e a alterações no papel que a religião desempenha na vida das famílias.

O livro “Violência na Escola: Um Guia para Pais e Professores”, publicado em 2006, reúne resultados de pesquisas e levantamentos realizados pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo – NEV/USP, dentro do programa Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão – CEPID, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, que abordam escolas em áreas com altos índices de violência criminal. O Livro contém não só o diagnóstico da situação dessas escolas, como um levantamento do que pode ser feito para se garantir que as escolas tenham condições de exercer seu papel de educadores tanto dos conteúdos tradicionais como de padrões de interação civilizados que garantam às crianças e aos jovens melhores condições para se desenvolverem como pessoas.

“Violência na Escola: Um Guia para Pais e Professores” busca contribuir para o debate sobre o papel da violência na escola e sobre como preveni-la dentro do enfoque de que a melhor forma de prevenção é a escola conseguir cumprir o seu papel de agente socializador, que cria condições para as crianças e os jovens se desenvolverem de modo saudável. A violência na escola é abordada neste livro do ponto de vista de vários atores: dos alunos, dos professores, dos funcionários, da administração e daqueles que estudam a escola e os processos que lá se desenvolvem em busca de soluções para os problemas que afetam esse desenvolvimento. Trata-se de mudar o foco da reflexão sobre a violência na escola e sua prevenção como algo que envolve barreiras físicas e de punição para a discussão em torno de como a melhor e mais duradoura prevenção se dá através do desenvolvimento saudável e como isso exige melhores condições de aprendizagem.