Primeiro seminário do ano trata de masculinidades online

29/01/2025

Na terça-feira, 4 de fevereiro, às 11h da manhã, o NEV/USP abre sua agenda de eventos de 2025 com um seminário sobre o tema “Masculinidades Online e Violência de Gênero – II”, com quatro convidadas do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC).

No evento, oferecido para o público na modalidade à distância, pelo canal do Youtube do Núcleo, cada professora e pesquisadora convidada apresentará resultados de projetos seus em andamento. A Professora Inês Amaral apresenta os resultados do projeto “MyGender – Práticas mediadas de jovens adultos: promover justiça de género nas e através de aplicações móveis”. Júlia Garraio, pesquisadora, menciona seu trabalho no Projeto “FCT UnCoveR – Sexual Violence in Portuguese Mediascape”.

Por sua vez, a Professora Rita Basílio de Simões tratará dos resultados do projeto “Violência Online contra as Mulheres – Prevenir e combater a misoginia e a violência em contexto digital a partir da experiência de pandemia do COVID-19”. E Sofia José Santos, também Professora, abordará o projeto “(De)Coding Masculinities: Towards an enhanced understanding of media’s role in shaping perceptions of masculinities in Portugal” (DeCode/M).

O evento é organizado pelas pós-doutorandas do programa NEV-CEPID/Fapesp Verónica Ferreira e Natasha Bachini. Pessoas interessadas poderão preencher a lista de presença ao participar do evento ao vivo para receber certificado de participação.

 

Saiba mais sobre as participantes

Inês Amaral é Professora Associada da Secção de Comunicação do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação (DFCI) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É subdiretora do DFCI e coordenadora da Secção de Comunicação. Doutorada em Ciências da Comunicação (especialidade em Media Interativos) pela Universidade do Minho. É investigadora integrada do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Linha A Europa e o Sul Global: Patrimónios e Diálogos). É membro da equipa de investigação do Observatório Masculinidades.pt. Integra a Comissão de Ética do CES e o Conselho de Redação da Revista Crítica de Ciências Sociais. É investigadora colaboradora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. É membro do Conselho Consultivo do GILM. É investigadora responsável do projeto “MyGender – Práticas mediadas de jovens adultos: promover justiça de género nas e através de aplicações móveis” (PTDC/COM-CSS/5947/2020), e investigadora corresponsável do projeto “MediaTrust.Lab – Laboratório de Media Regionais para a Confiança e Literacia Cívicas” (PTDC/COM-JOR/3866/2020). Atualmente, integra ainda as equipas dos projetos “YouNDigital – Jovens, Notícias e Cidadania Digital” (PTDC/COM-OUT/0243/2021) e “UnCoveR – Violência sexual nas paisagens mediáticas portuguesas” (2022.03964.PTDC).  Apresenta os resultados do projeto “MyGender – Práticas mediadas de jovens adultos: promover justiça de género nas e através de aplicações móveis.” MyGender é o primeiro estudo em Portugal a investigar como os jovens adultos se envolvem com a tecnicidade e os imaginários das aplicações móveis, incorporando-os nas suas práticas do dia-a-dia e (re)negociando a partir deles as suas identidades sexuais e de género. Desafiando a investigação centrada ou nos riscos e oportunidades ou nos usos e gratificações das práticas digitais, MyGender partirá de um entendimento da tecnologia como produtora de significados, subjetividade e agência, modelados por relações de poder. Adotando uma perspetiva crítica dos média digitais contemporâneos, o projeto analisará affordances, gramáticas, políticas das plataformas e conteúdos, assim como usos, apropriações e incorporações, para entender como influenciam a normatividade hegemónica e alteram a vida de jovens adultos.

 

Júlia Garraio é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É presidente da Comissão de Ética do CES. Co-coordena o Grupo de Trabalho Policredos: Religiões e Sociedade. Desenvolve o projeto Dis/entangling Rape – Sexual Violence in Portuguese literature and cinema in the 21st century, no âmbito do Programa de Estímulo ao Emprego Científico (CEEC) da FCT. É Co-PI do projeto FCT UnCoveR – Sexual Violence in Portuguese Mediascape. Integrou o Grupo de Investigação Histórica da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa. É membro co-fundador do grupo de investigação internacional SVAC-Sexual Violence in Armed Conflict. Faz parte do Conselho Editorial da revista European Journal of Women’s Studies, onde é responsável pela secção das recensões.

 

Rita Basílio de Simões é Professora Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), no Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação, cujo Doutoramento em Ciências da Comunicação atualmente Coordena. É investigadora do Centro de Estudos Sociais, onde tem desenvolvido investigação sobre média, género e espaço público. Colabora também como investigadora com o Instituto de Comunicação da NOVA – ICNOVA, da Universidade Nova de Lisboa, e o Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (CEIS20). Doutorada em Ciências da Comunicação pela FLUC, é Mestre em Comunicação e Jornalismo e Licenciada em Jornalismo pela mesma Instituição e Pós-graduada em Direito da Comunicação, pelo Instituto Jurídico da Comunicação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É coordenadora do Grupo de Trabalho em Género e Sexualidades da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), membro da Mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM), da European Communication Research and Education Association (ECREA) e da International Communication Association (IAMCR).  Apresenta os resultados do projeto “Violência Online contra as Mulheres – Prevenir e combater a misoginia e a violência em contexto digital a partir da experiência de pandemia do COVID-19”. O projeto “Violência Online contra as Mulheres” tem como principais objetivos conhecer a natureza, a prevalência e o impacto da misoginia e da violência em contexto digital a partir da experiência da pandemia do COVID-19. Por um lado, existem evidências que o recurso às plataformas digitais, com o propósito de participar ativamente no espaço público, para aceder a informação e para combater o próprio isolamento social, foi intensificado durante a pandemia de COVID-19. Por outro lado, também existem evidências da intensificação dos comportamentos violentos online, em particular contra as mulheres. Portanto, o que se pretende é conhecer e compreender este problema emergente para contribuir com respostas adequadas tanto no domínio da prevenção, quanto no domínio do seu combate.

 

Sofia José Santos é Professora Auxiliar de Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigadora do Centro de Estudos Sociais, onde coordena o projeto UNCOVER como Investigadora Principal, e onde tem desenvolvido, desde 2008, investigação sobre media, paz e violências, media e política externa; internet e tecnopolítica; e media e masculinidades. Dentro do CES, é também co-editora do Alice News. Desde 2016, integra como Investigadora Associada o Centro de Investigação OBSERVARE da Universidade Autónoma de Lisboa. É doutorada e mestre em Relações Internacionais – Política Internacional e Resolução de Conflitos pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e licenciada em Relações Internacionais pela mesma universidade, tendo também um diploma de Estudos Avançados em “Ciências da Comunicação” pelo ISCTE-IUL. Apresenta os resultados do projeto “(De)Coding Masculinities: Towards an enhanced understanding of media’s role in shaping perceptions of masculinities in Portugal” (DeCode/M) é o primeiro estudo abrangente sobre Media e Masculinidades em Portugal. Procura identificar e analisar criticamente as representações de masculinidades que são (re)produzidas pelos meios de comunicação social e pelas redes sociais online em Portugal, seguindo uma abordagem interseccional. Identificará quais as noções de masculinidade que prevalecem, explorando o porquê destas escolhas e a forma como estas representações particulares são apropriadas, cooptadas e contestadas por audiências e produtores de conteúdos. Ao mesmo tempo, examinará se as noções e representações prevalecentes promovem perspectivas de relações sociais equitativas e/ou não equitativas em termos de género. O projeto adopta uma abordagem epistemológica feminista baseada no papel constitutivo dos discursos, combinada com uma abordagem tripla da agência mediática (produção, mensagem e audiência) e uma abordagem ecológica dos discursos, práticas e representações mediáticas.