Servidores públicos, auto-legitimidade e confiança: Polícia

Este estudo busca entender como os policiais justificam publicamente seu poder político, quais as crenças internas que adotam para exercer sua autoridade e qual o impacto desse processo de autolegitimação para o serviço policial. A auto legitimidade é importante porque está relacionada à identificação do policial com sua organização. Uma forte identidade pode promover entre os policiais a internalização dos objetivos organizacionais e a percepção de que têm o apoio organizacional para realizar tais objetivos. Em contrapartida, proporciona à organização policial melhores condições para influenciar as atitudes dos policiais em relação ao policiamento e ao seu comportamento “na rua”. Nesse sentido, a qualidade da estrutura da organização policial e seus processos é um importante fator para entender a identidade que este agente constrói sobre o que é ‘ser policial’, como também para entender as ações que adota e os valores que as sustentam.

A pesquisa investiga duas instituições policiais: a Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado de São Paulo. O foco são agentes policiais de ambas instituições que atuam na atividade fim, exercendo sua autoridade no contato cotidiano com a população. Em 2016 foram aplicados questionários a policiais pertencentes a oito unidades policiais (Delegacias da Polícia Civil e Companhias da Polícia Militar) da cidade de São Paulo. O levantamento abordava aspectos sobre as relações internas, entre superiores e subordinados, entre pares e com a instituição como um todo; aspectos sobre seu relacionamento com o público, obediência e cumprimento da lei; percepções sobre sua identidade com a organização, sobre policiamento, direitos humanos etc. Além de dados quantitativos, a pesquisa também trabalha com dados qualitativos.

Ficha Técnica

Realizada entre: 2013 - Atual
Financiador(es): FAPESP
Equipe: Viviane Cubas
Renato Alves
Frederico Castelo Branco Teixeira
Fernanda Novaes Cruz
Giane Silvestre
Bruna Gisi
Gabriel Funari
Pesquisadores: Cecília Magalhães e Ribeiro Penteado