Crianças e Adolescentes, Legitimidade, OMS, Polícia, Socialização Legal

A experiência precoce e racializada com a polícia (2016-2019)

Este relatório apresenta dados inéditos sobre os diferentes tipos de contato entre crianças e adolescentes e a polícia na cidade de São Paulo. Os dados foram coletados pelo Estudo de Socialização Legal de São Paulo (SPLSS) como parte do projeto “Construindo a Democracia no dia a dia: direitos humanos, violência e confiança nas instituições”, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (CEPID-FAPESP).

O SPLSS entrevistou cerca de 800 adolescentes matriculados em escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo. Todos nasceram no ano de 2005 e tinham onze anos de idade quando foram entrevistados pela primeira vez em 2016. Os mesmos participantes responderam a um questionário com aproximadamente trinta questões uma vez por ano, entre 2016 e 2019. Isso permitiu realizar um estudo longitudinal e observar mudanças de opinião, ideias e expectativas ao longo do tempo. A natureza longitudinal do estudo também possibilitou investigar como essas mudanças estavam relacionadas às experiências de violência e vitimização que esses adolescentes enfrentaram em casa, na escola e em seus bairros.

Neste relatório, serão destacados os resultados relacionados às experiências dos adolescentes com as forças policiais na cidade de São Paulo. O objetivo foi identificar se havia diferenças na prevalência de contato com a polícia dependendo da raça ou cor dos adolescentes, considerando o intenso debate na sociedade civil e nos meios acadêmicos sobre a relação entre policiamento, juventude e desigualdade racial. Os resultados demonstram como a discriminação racial e a seletividade das abordagens policiais estão presentes desde cedo na vida das crianças e adolescentes. Além disso, os dados coletados confirmam que é na mais tenra idade que os jovens negros se tornam alvos do policiamento ostensivo e das formas mais intrusivas e violentas de ação policial.

A pesquisa “A experiência precoce e racializada com a polícia (2016-2019)” aborda justamente os contatos dos adolescentes com as abordagens policiais. É parte de um projeto institucional de pesquisa, inovação e difusão de conhecimento (CEPID), sediado no NEV-USP, nomeado Construindo a democracia no dia a dia: direitos humanos, violência e confiança nas instituições”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Veja a repercussão do relatório na mídia:

6/7/2023: NEV na mídia | Jornal da USP: Adolescentes negros são abordados cada vez mais cedo por policiais, aponta relatório

11/7/2023: NEV na mídia | Jornal da Cultura: Jovens negros são mais abordados pela polícia em São Paulo, revela pesquisa da USP

11/7/2023: NEV na mídia | Bom dia São Paulo: Estudo sobre abordagem policial mostra que jovens pretos são mais abordados do que brancos e pardos

Mídia Ninja | Crianças e adolescentes pretos são os mais abordados pela polícia, aponta pesquisa da USP (Clique Aqui)

Notícia Preta | Crianças e adolescentes pretos têm duas vezes mais chances de serem abordados pela polícia, diz estudo (Clique Aqui)

Folha de S. Paulo | Crianças e adolescentes pretos têm 2 vezes mais chances de serem abordados pela polícia (Clique Aqui)

Rede TVT | Polícia em São Paulo começa a abordar negros a partir dos 11 anos  (Clique Aqui)

Rede TV Youtube | Estudo revela que adolescentes pretos são mais abordados – a partir de 9 min. até 11 min. (Clique Aqui)

Rede TV site | Crianças e adolescentes pretos têm mais chance de serem revistados por policiais em SP (Clique Aqui)

TV Brasil Reportagem | Jovens pretos são até duas vezes mais abordados pela polícia (Clique Aqui)

TV Brasil Dia | Jovens pretos são até duas vezes mais abordados pela polícia – a partir de 11 min. até 15 min. (Clique Aqui)

TV Brasil Noite| Jovens pretos são até duas vezes mais abordados pela polícia – a partir de 19 min. até 21 min. (Clique Aqui)

Diário TV1 | Racismo e saúde emocional: como o trauma afeta as vítimas (Clique Aqui)

Uol | Risco de adolescentes negros serem abordados pela polícia em SP é maior (Clique Aqui)

G1| Crianças e adolescentes pretos têm duas vezes mais chances de serem abordados pela polícia do que brancos, diz pesquisa da USP (Clique Aqui)

Ficha Técnica

A experiência precoce e racializada com a polícia (2016-2019)
Authors: Aline Morais Mizutani Gomes, Debora Piccirillo, Renan Theodoro de Oliveira
Ano: 2023
Referência: NEV/USP. Relatório de pesquisa.
Tema(s): Crianças e Adolescentes, Legitimidade, OMS, Polícia, Socialização Legal
Tipo: Relatório
Language: Português
Formato: PDF
Páginas: 60
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Como citar essa publicação

OLIVEIRA, Renan Theodoro, PICCIRILLO, Debora, GOMES, Aline Mizutani. A experiência precoce e racializada com a polícia [recurso eletrônico]: contatos de adolescentes com as abordagens, o uso abusivo da força e a violência policial no município de São Paulo (2016 – 2019). São Paulo: NEV/USP, 2023.