Bruna ainda menciona as propostas sobre o aumento do tempo da medida socioeducativa de internação, medida considerada a mais grave para os adolescentes, e cujas propostas são mais da metade do total. “Aquelas propostas que afirmam os adolescentes como sujeitos de direito, ou seja, que estão de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente e de acordo com a compreensão internacional hoje a respeito do modo como esses adolescentes devem ser tratados, são, na verdade, menos de 10%”, informa.
Das propostas identificadas no estudo, 70% também apresentavam um perfil punitivista e apostavam em medidas violentas e repressivas contra os adolescentes. Para a pesquisadora, por mais que as propostas de redução da maioridade penal não tenham sido bem-sucedidas, ainda há uma insistência nesse modelo, o qual é “ineficiente”, “muito custoso” e que tenta mobilizar a base eleitoral: “Não há uma reflexão sobre aquelas propostas que podem efetivamente trazer algum tipo de medida que pense a complexidade da questão”. De acordo com Ana Claudia, ainda houve uma queda no número de apreensões de crimes praticados por adolescentes.